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sexta-feira, 30 de junho de 2017

Juventude do Campo ocupa rodovia por melhorias na educação do campo

Juventude do Campo ocupa rodovia por melhorias na educação do campo
Cerca de 270 jovens estão sofrem com a falta de professores/as do ensino técnico na região.11 de dezembro de 2015 19h20

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Por Jailma Lopes
Da Página do MST
Fotos: Teatro Raízes Nordestinas

Nesta quinta feira (10), estudantes do Centro Estadual de Educação Profissional José Brandão de Castro, localizado no assentamento Poço Redondo, região do alto-sertão de Sergipe, ocuparam a rodovia estadual 206, reivindicando o cumprimento da pauta de melhorias para escola ao governador do estado, Jackson Bernado (PMDB).

Segundo, José Adriano, estudante egresso do centro e militante do MST, “a juventude que está cansada com o descaso e a falta de respostas do Governo do Estado, cientes da visita do Ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, que em comitiva com vários representantes de órgãos do estado, seguia para o assentamento Jacaré Curituba, oficializar a entrega de uma cooperativa, fecharam a BR 206, até a chegada do ministro, como forma de pressionar o governador do estado e dar visibilidade a realidade da escola”.

No entanto, nem o governador, nem o seu secretário de educação, que recebeu a pauta de reivindicações há cerca de um ano, acompanhavam o ministro nessa viagem.

Mas as e os estudantes, conseguiram dialogar com o ministro, em que foi lida uma carta endereçada ao governador, e o mesmo se comprometeu a entrega-lo e solicitar o cumprimento da pauta. 

Além do ministro, a comitiva, contava com a presença do atual superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), André Bonfim, para quem também as e os estudantes endereçou uma carta, solicitando apoio, e reivindicando a implantação de cursos do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA).

Tal que o mesmo, agendou, para a próxima quinta-feira (17/12), uma visita e reunião na escola.
A manifestação das e dos estudantes, contou com o apoio do MST, MPA e PJR, que assumem compromisso com a luta em defesa do centro e a educação do campo.

São cerca de 270 jovens matriculados da região, de oito municípios, que estão sendo prejudicados com a falta de professores/as do ensino técnico, e demais profissionais para garantir o funcionamento das escolas.

A manifestação durou cerca de uma hora, mas a juventude encaminha como palavra de ordem: “vinte dias sem solução, voltamos a fazer ocupação.”

Centro Estadual de Educação Profissional José Brandão de Castro

O Centro Estadual de Educação Profissional José Brandão de Castro, é fruto de lutas dos movimentos populares do alto-sertão de Sergipe – MST, MPA, PJR, comunidades ribeirinhas, de pescadores artesanais, remanescentes de quilombolas e tribo indígenas.

Situado no assentamento Queimada Grande, em Poço Redondo – Se, área de reforma agrária, desde 2005, é responsável por promover formação técnica em agropecuária e agroindústria, integrada ao ensino básico médio e subsequente, a juventude, filhas e filhoes de trabalhadoras e trabalhadores da região.

No entanto, atualmente, o centro funciona em um prédio novo, que sequer, foi inaugurado, estando sob uma série problemas estruturas. Algumas instalações não foram feitas, outras não foram concluídas, inviabilizando o funcionamento efetivo.


Segundo, um estudante, “hoje dormimos em salas de aulas, que são utilizadas como dormitórios improvisados, e a informação que temos é que não há recurso para conclusão nem para as obras, a alimentação está precária, tem faltado alimentos constantemente, que tem inclusive acarretado a paralisação das atividades.

Além disso, há seis meses estamos sem aula do curso técnico, porque o governo não renovou os contratos dos professores, nem há previsão de edital para que isso aconteça.”

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