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segunda-feira, 26 de junho de 2017

Luta e Resistência aos Projetos de Barragens no Oeste da Bahia

MAB discute impactos da PCH de Arrodiador na Bahia
Publicado em qua, 06/06/2012 - 13:59
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) realizou ontem (05) uma reunião pública na Escola Municipal de Arrodiador, localizada em Jaborandi (BA). A atividade contou com a participação de mais de 150 pessoas, com o objetivo de discutir com a sociedade os impactos sociais, ambientais e econômicos que a pequena central hidrelétrica (PCH) de Arrodiador, da empresa Data Trafic, trará para toda região. A atividade é parte da mobilização nacional do MAB pelo Dia Mundial do Meio Ambiente.
Anteriormente à reunião, foram feitos vários debates com as comunidades ameaçadas nas margens do rio Formoso, envolvendo mais de 250 famílias, discutindo os impactos negativos que as barragens causam às populações atingidas, reforçando a importância da luta e resistência feita na região ao longo desses 20 anos.
No decorrer das atividades, foram feitas discussões sobre a organização e luta do povo em defesa dos direitos, das riquezas naturais, reforçando a importância da produção de alimentos saudáveis, do controle das águas e energia pelo povo e preservação do cerrado.
Os trabalhadores ameaçados afirmam que a região não necessita de barragem, que só beneficiará os donos do empreendimento, e que precisam de incentivos e apoio à produção camponesa de alimentos.
“Nós perderemos o acesso ao rio e as terras férteis serão cobertas pelo lago. Nós não sabemos fazer outra coisa, o que agente quer é continuar vivendo aqui, trabalhando, cultivando a terra com o devido respeito à natureza. A empresa quer nos expulsar de nossos terras, ser dona do rio, nós vamos continuar resistindo”, afirma Estácio Moura, ameaçado pela barragem.
A região Oeste da Bahia é uma dos poucos lugares do país onde há rios correndo livres, as famílias atingidas resistem às barragens principalmente na Bacia do Rio Corrente e nos afluentes do Rio Carinhanha, ambos afluentes do Rio São Francisco.
FONTE: http://www.mabnacional.org.br, acesso dia 20/-05/2017

Grandes projetos do oeste da Bahia são discutidos em Seminário

O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) realizou no 14 de março, Dia internacional de lutas contra as barragens, o I Seminário dos Atingidos pelos Grandes Projetos na Região Oeste da Bahia, em Santa Maria da Vitória, na Bahia. A atividade contou com a participação de diversas entidades e organizações sociais. Os presentes afirmaram a necessidade de articular a luta conjunta entre as organizações do campo e da cidade em defesa dos rios e das terras na região.
As terras na Região Oeste da Bahia, em sua maioria, são devolutas, e no Estado não há nenhum órgão específico com autonomia política e econômica que seja responsável pela regularização fundiária, apesar das solicitações dos posseiros, que em sua maioria ocupam a região há mais de cem anos.
Essa situação gera graves conflitos entre ribeirinhos, grileiros e empresas. A população que ocupa a região há muitos anos não é reconhecida como atingida e sente a ameaça das grilagens de terras realizadas pelo agronegócio, barragens, mineração, ferrovias e parques eólicos. Os problemas que vem se intensificando na região são realizados com a conivência dos governos, estadual e federal, que financiam o saqueio das riquezas naturais por meio de incentivos financeiros a esses projetos.
Também ocorreram discussões em torno do atual sistema energético brasileiro, que apontaram para a necessidade de massificação do debate em torno da energia. “Só conseguiremos implantar um novo modelo popular para a energia quando o povo entender a importância do tema”, afirmou Andréia Neiva, coordenadora do MAB na região.
O seminário compõe a programação de atividades que aconteceram em diversas regiões do Brasil no 14 de março, Dia internacional de lutas contra as barragens, pelos rios, pelas águas e pela vida! além de servir como preparação para o Encontro Nacional do MAB, que vai ocorrer entre os 3 e 7 de junho em São Paulo.

FONTE: http://www.mabnacional.org.br, acesso dia 20/-05/2017

Atingidos da Bahia debatem com políticos projetos de barragens

As comunidades organizadas no Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e ameaçadas pela PCH Arrodiador, planejada para a região oeste da Bahia, realizaram nesse domingo (12) uma reunião na comunidade de Bonito/Brumado, na cidade bahiana de Coribe. A reunião contou com a presença do prefeito do município, Manuel Azevedo Rocha, e com deputado federal, José Rocha, e teve o objetivo de denunciar a situação das famílias atingidas pela pequena central hidrelétrica.
As famílias relataram que as violações dos direitos vão desde a falta de informação sobre o empreendimento, invasão de suas propriedades por representantes da empresa, ameaças aos trabalhadores e pressões de diversas formas para que vendam suas terras para o empreendimento. A empresa responsável pela barragem é a Data Traffic S/A.
Os atingidos afirmaram seu posicionamento contrário à construção da barragem, enfatizando a importância da organização e luta das famílias e além das denúncias, apresentaram as necessidades concretas das famílias, entre as reivindicações citaram melhorias nas estradas, água encanada, energia elétrica e incentivos à produção camponesa praticada na região. Demonstraram também a preocupação com a devastação do cerrado e das nascentes de córregos afluentes do Rio formoso que vem acontecendo na região.
Exigiram ainda um posicionamento das autoridades presentes sobre os projetos de barragens na região. Tanto o prefeito Manuel Azevedo Rocha quanto o deputado José Rocha se colocarem contrários aos empreendimentos e apoiaram as famílias. Florisvaldo, coordenador de um dos Grupos de Base da comunidade afirmou que esse foi um momento importante para as famílias atingidas. “Mas que não podemos colocar nossos direitos na mão de políticos, temos que continuar organizados e pressionar para que cumpram o que prometeram, nós temos certeza que só a organização e a luta vai garantir que continuemos produzindo em nossas terras”, disse e continuou: “Foi uma oportunidade para exigir que eles cumpram de fato sua função de trabalhar para o povo”.

FONTE: http://www.mabnacional.org.br, acesso dia 20/-05/2017

Manifestantes impedem audiência para construção de hidrelétricas no Oeste da Bahia

A audiência, caso fosse realizada, possibilitaria a realização da Licença prévia (LP), primeiro posso para o ínicio das obras das barragens. Entretanto, uma grande passeata, com cerca de duas mil pessoas, que saiu pelas ruas da cidade, com participação do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e várias outras entidades, como Comissão Pastoral da Terra, associações e ONGs, impediu sua realização.
Os manifestantes foram até o Ginásio de Esporte, onde ocorreria o ato previsto pelo IBAMA e as empresas acima citadas, e não deixaram que o ato se realizasse.
Com isso, o IBAMA cancelou a audiência pública e a partir desse momento se iniciou uma audiência popular, onde os ribeirinhos atingidos e as entidades participantes expuseram suas posições contrárias aos projetos.
Para Temoteo Gomes, militante do MAB na região, o momento foi muito importante para reafirmar ainda mais a resistência dos ribeirinhos na região. “Entendemos que a nossa região é muito rica em recursos naturais que não podemos deixar ser explorados pelos grandes projetos, que não beneficia às populações carentes e sim às grandes empresas. Esses projetos diz que o progresso virá, mas só gera miséria e destruição para a população”, explicou.
“Este momento foi mais uma atividade que reforça e anima os ribeirinhos a continuarem firmes na luta e animados para o Encontro Nacional que acontecerá de 02 a 05 de setembro em São Paulo”, apontou Temoteo.

FONTE: http://www.mabnacional.org.br, acesso dia 20/-05/2017

Atingidos resistem contra hidrelétrica do Arrodeador, na Bahia


Desde do dia 11 de fevereiro, ribeirinhos do rio Formoso das comunidades atingidas por barragens dos municípios de Jaborandi e Coribe, na Bahia, realizam vigília em áreas de camponeses que estão ameaçadas por decisões judiciais que autorizam o início do levantamento topográfico na região pela empresa Data Traficc, responsável pelo projeto da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Arrodeador.
Os ribeirinhos alegam que o projeto da construção da PCH Arrodeador no rio Formoso não vai trazer benefícios para as famílias, mas, ao contrário, gerará enormes impactos sociais e ambientais para a região.
As famílias se mantém resistentes diante das investidas da empresa que ameaça entrar nas propriedades acompanhada pela polícia militar. Mesmo com reforço policial, a organização e resistência das famílias têm sido mais forte e até conseguiu barrar a ofensiva da empresa.
Um dos atingidos e coordenador de grupo de base, Florisvaldo Pereira, afirma que hoje é mais um dia muito importante na história de luta dos ribeirinhos do formoso. “Há dias a gente vem fazendo vigília. Hoje estamos qui com mais de 100 pessoas dizendo não a essa barragem e não a Data Traffic, empresa essa que só quer explorar nosso rio, vamos manter firmes e vigilantes sabendo da importância da organização dos atingidos, só assim vamos defender nossos direitos”.
No último dia 16, as famílias montaram um acampamento na comunidade de Laranjinha com mais de 100 pessoas e fizeram conversas sobre a importância da luta dos atingidos. O encaminhamento é que as famílias se manterão em alerta a qualquer investida da empresa até que seja revista a decisão judicial, já que o povo é contra ao projeto de barragem.
FONTE: http://www.mabnacional.org.br, acesso dia 20/-05/2017


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